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terça-feira, 1 de maio de 2012

Lídia Jorge na ESPR

Daniela Rodrigues – 10ºA


Na passada segunda – feira, dia 27 de fevereiro de 2012, às 10h20, a escritora Lídia Jorge deslocou-se à Escola Secundária de Pinheiro e Rosa para fazer uma palestra subordinada ao tema “O Livro na Era da Informática”. O presente relatório tem por objetivo descrever o referido encontro com a escritora.
A atividade decorreu no auditório e foi organizada pela biblioteca escolar. Estavam presentes duas turmas do 10º ano de Ciências e Tecnologias, uma turma do 11º ano da área de Línguas e Humanidades e uma quarta turma do 9º ano da Escola Básica de 2º e 3º ciclos Afonso III. A sessão foi aberta por um membro representante do conselho executivo e, seguidamente, o professor Joaquim Rodrigues fez uma breve apresentação  biobibliográfica em powerpoint. Destacou-se que Lídia Jorge nasceu em 1946, em Boliqueime, e, desde cedo, mostrou um enorme interesse pela Literatura. Por esta razão, depois de ter completado o ensino secundário na Escola Secundária João de Deus, ingressou na Universidade de Letras em Lisboa e formou-se em Filologia Românica. Foi professora do ensino secundário e universitário e viveu vários anos em Moçambique. Tornou-se conhecida como escritora, após o lançamento do seu livro O Dia dos Prodígios, em 1980. Possui uma vasta obra traduzida em várias línguas e os seus livros estão publicados em inúmeros países espalhados pelo mundo. Algumas das suas criações estão adaptadas ao cinema, como é o caso de Costa dos Murmúrios (1988), e ao teatro. Para finalizar este ponto inicial foi ainda destacado o título do seu livro mais recente, A Noite das Mulheres Cantoras, publicado em 2011.

       Seguidamente, Lídia Jorge começou por mencionar que, em Portugal, a existência de livros em casa é recente e que este acontecimento foi interrompido pelo aparecimento dos aparelhos eletrónicos.  Esta informação levou a escritora a fazer uma analogia entre o inteletual português e os doentes terminais: em ambos os casos é necessário que se esteja ligado a aparelhos eletrónicos. Criticou, na qualidade de professora, todos os colegas que defendem que “ler é uma perda de tempo” e defendeu a tese que diz que “sem a parte humanística nenhum especialista será verdadeiramente especialista”. Para apoiar a sua tese citou Blaise Pascal e Gard e explicou que as pessoas que não leem não têm capacidade de escuta porque “cada livro é uma síntese de uma vida”. Também nos deu a conhecer a existência de pessoas que, não lendo, citam frases de grandes obras literárias sem saberem o seu significado. Essas pessoas distinguem-se pelo facto de não terem capacidade de escuta e de darem mais valor ao exterior do que ao interior, à personalidade do indivíduo.
      Lídia Jorge também nos mostrou que a literatura é diferente de todas as outras formas de arte porque vive só das palavras; recorre apenas às palavras para se exprimir. Para ilustrar este seu pensamento, leu um excerto do livro As velas ardem até ao fim, de Sándor Márai, que mostra que Conrad, um dos protagonistas da história, é um homem culto e que leu, pois analisa com pormenor uma situação difícil de vários planos: de dentro, de fora e à volta de si.
Penso que esta palestra esteve muito bem organizada e foi muito produtiva. Os alunos desfrutaram das palavras da escritora.  

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