Estamos de volta!...

Depois de uma experiência de vários anos "em papel" e de um intervalo de 2 anos "em vazio", a nossa escola volta a editar o seu jornal O PINHAS, mas agora numa versão exclusivamente digital. O endereço é fácil de fixar: www.pinhasonline.blogspot.com

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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

PALAVRAS PROFERIDAS NA APRESENTAÇÃO DA ESCRITORA LÍDIA JORGE

Lídia Jorge é nossa patrícia. Nasceu em Cerro e Alcaria (Boliqueime – Loulé), em 1946. Sabemos que desde a mais tenra infância que o prazer da escrita a envolve. Durante os anos da adolescência, designadamente, aquando dos estudos no antigo liceu João de Deus, foi a grande impulsionadora do jornal A Centelha (1964), que então naquele estabelecimento de ensino era dado à estampa. Nele realizou os estudos preparatórios e liceais. Aqui, em Faro, permaneceu até aos dezasseis anos, partindo, então, para Lisboa onde se licenciaria em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.
            Em 1970, demanda outras paragens. Fixa-se em Angola e depois em Moçambique, onde permaneceu durante os anos derradeiros da Guerra Colonial (1961-1974).
            Lídia Jorge foi professora do Ensino Secundário (das disciplinas de Português e de Francês), e, posteriormente, de Didáctica da Literatura na Faculdade de Letras de Lisboa.
            Tem escrito em revistas e jornais, designadamente no Jornal de Letras, pertenceu ao Conselho Editorial da revista Finisterra e foi colaboradora da revista italiana Euros. Entre os cargos que exerceu destacamos o de membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social (1990-1994).
            Lídia Jorge tem representado frequentemente o nosso país, um pouco por todo o mundo, em conferências, debates universitários e Feiras do Livro.
            As fronteiras linguísticas deixaram de ser intransponíveis. Todas as suas obras foram traduzidas nas línguas mais falados do nosso orbe. Se hoje visitássemos uma livraria prestigiosa em países como o Brasil, a Espanha, a Alemanha, a Inglaterra, a França, os EUA, a Grécia, a Holanda, a Itália, a Suécia ou Israel, poderíamos adquirir qualquer uma das suas obras.
            Como exímia escritora mereceu o reconhecimento público, plasmado nos muitos prémios, nacionais e internacionais, que, justamente, lhe têm sido atribuídos.
            Foi, contudo, em 1980, com a publicação da obra «O Dia dos Prodígios», que o seu nome passará a ocupar a ribalta dos grandes escritores portugueses contemporâneos.
            O romance A Costa dos Murmúrios, de 1988, foi vertido para o cinema pela realizadora Margarida Cardoso, em 2005.
            Escreveu contos e para o teatro A Maçon (1996), levada à cena no Teatro Nacional D. Maria II (1996).
            Desde então e com alguma regularidade tem dado à estampa magníficos romances, todos eles com repetidas edições.
            O seu último romance foi A Noite das Mulheres Cantoras (2011)
                                                                       Faro, 27 de Fevereiro de 2012                                                                                                      Joaquim Rodrigues
                                                                               Professor de História

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